Postos de Etanol, alcool, em Brasil

A rede brasileira de mais de 40 mil postos de combustíveis foi reformulada por meio de fusões, aquisições e privatizações, confirmando o interesse do setor privado no país, que é o sétimo maior consumidor mundial de derivados de petróleo. A maior transformação aconteceu em julho, quando a Petrobras estatal vendeu a maior parte de suas ações e desistiu do controle acionário da BR Distribuidora, líder do mercado brasileiro de combustíveis e lubrificantes, com 7.703 postos de combustíveis e 27,4% de participação no mercado a partir do primeiro trimestre de 2019.

A transformação do mercado, porém, começou no final de 2016, quando a maior distribuidora privada de combustíveis do país, a Ipiranga, apresentou uma proposta de 2,17 bilhões de reais (então US$ 696 milhões) para assumir a distribuidora local de combustíveis Alesat. Na época, a Ipiranga possuía 7.241 postos de serviço e 1.919 lojas de conveniência, enquanto a Alesat possuía cerca de 2.000 postos de serviço e 260 lojas de conveniência, levando o regulador antitruste Cade a bloquear a transação devido a questões de concorrência.

Em 2018, entretanto, a Cade aprovou a venda de 78% da Ale Combustíveis, controlada pela Alesat, à empresa suíça Glencore, que até então trabalhava apenas na produção de etanol e estava interessada em expandir no mercado latino-americano de combustíveis. Também no ano passado, a Total anunciou a aquisição do negócio de distribuição de combustíveis da empresa local Grupo Zema Petróleo, braço de revenda e varejo Zema Diesel e sua unidade de importação de combustíveis Zema Importação, marcando a entrada da maior empresa francesa no mercado varejista de combustíveis do Brasil. A Total anunciou que planeja dobrar o número de postos de sua marca no Brasil dentro de cinco anos.

Enquanto isso, outras fusões menores também foram vistas recentemente, já que a PetroChina adquiriu 30% da empresa de combustíveis local TTWork, e a SIM e a Mime concordaram em combinar as operações de seus cerca de 200 postos de combustível. O interesse no setor de combustíveis do Brasil reflete as expectativas de crescimento do consumo. Segundo o regulador ANP, apesar da grande demanda do país, o consumo per capita de combustíveis ainda é baixo.

O debate sobre a criação de medidas pró-competição para o mercado de combustíveis começou após a greve dos caminhoneiros de 10 dias, em maio de 2018, o que levou à escassez de combustível. Desde então, o Ministério da Energia tem trabalhado em estudos de modelos de negócios que melhoram a competitividade e ajudam a combater a evasão e a adulteração de combustíveis. A ANP também realizou consultas públicas sobre a produção, importação e distribuição de petróleo, gás e derivados de biocombustíveis.

Outra grande atualização regulatória que pode afetar o mercado é a possível autorização para os produtores de etanol realizarem vendas diretas aos postos de combustíveis, que está sendo estudada pela ANP. Esta medida foi uma das iniciativas propostas pela Cade após a greve para aumentar a concorrência. As associações de distribuidoras de combustíveis, no entanto, se opõem à mudança e afirmam que o fim da proibição poderia levar a preços mais altos para os consumidores e geraria custos adicionais.

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